Quanto maior o prêmio, menor a audiência

A casa mais vigiada do Brasil.

Os reality shows são programas de televisão que apresentam a vida real de pessoas comuns em situações diversas, muitas vezes em um ambiente fechado. Eles se tornaram populares nos anos 90, mas a ideia de acompanhar a vida das pessoas na TV vem de décadas atrás.

O programa que popularizou os reality shows foi o "Big Brother", criado na Holanda em 1999. A ideia básica era confinar um grupo de pessoas em uma casa por um período determinado, onde eles teriam que conviver e realizar tarefas diárias. As câmeras acompanhariam todos os movimentos dos participantes e as imagens seriam transmitidas 24 horas por dia pela TV. Além disso, haveria um apresentador que mostraria um resumo dos acontecimentos do dia anterior.

O programa fez um enorme sucesso na Holanda e logo foi adaptado para outros países, como o Reino Unido, onde estreou em 2000. Foi lá que o formato do programa foi aprimorado, adicionando desafios semanais e a eliminação de um participante a cada semana através de votação do público. Essa fórmula deu ainda mais audiência ao programa e fez com que ele se espalhasse pelo mundo.

Apresentador Tadeu Schmidt

No Brasil, o "Big Brother Brasil" estreou em 2002, na TV Globo. O programa segue a mesma fórmula do "Big Brother" original, com algumas adaptações para o público brasileiro. Desde então, o programa se tornou um grande sucesso no país e é exibido anualmente.

Apesar de serem criticados por muitos como programas vazios e sem conteúdo, os reality shows se tornaram um fenômeno mundial e continuam sendo populares até hoje, com inúmeras variações e adaptações para diferentes públicos e plataformas.

Desde a sua estreia em 2002, o Big Brother Brasil se tornou um dos programas mais populares e assistidos da TV brasileira. Cada edição tem suas particularidades e momentos marcantes, mas de uma maneira geral, o formato se manteve bastante parecido ao longo dos anos.

As edições do BBB têm como principal característica o confinamento de um grupo de participantes em uma casa projetada especialmente para o programa. Eles são filmados 24 horas por dia por diversas câmeras espalhadas pela casa e têm que conviver juntos por vários meses, realizando tarefas diárias e participando de provas para ganhar imunidade ou prêmios.

O programa tem um apresentador, que geralmente é um famoso da TV ou do entretenimento. Ele é responsável por apresentar as provas, anunciar eliminações e mostrar um resumo dos principais acontecimentos do dia anterior. Além de que, o programa conta com um time de comentaristas e especialistas, que analisam o comportamento dos participantes e fazem previsões sobre o futuro do programa.

Ao longo das edições, muitos momentos marcantes aconteceram. Algumas brigas, romances, confusões e momentos engraçados se tornaram inesquecíveis para os telespectadores. Além do mais, o programa sempre tem um elenco variado, com participantes de diferentes idades, regiões e profissões, o que gera muitas discussões e situações interessantes.

O BBB também é conhecido por suas eliminações, que acontecem através de votação do público. A cada semana, os participantes são indicados ao paredão e o público decide quem deve sair da casa. Esse processo gera muitas polêmicas e discussões, especialmente nas redes sociais.

Ao longo dos anos, o Big Brother Brasil se tornou um verdadeiro fenômeno cultural, com milhões de telespectadores acompanhando cada edição e torcendo pelos seus participantes favoritos. O programa já teve mais de 20 edições e continua sendo um dos programas mais assistidos da TV brasileira.

O Big Brother Brasil 23 foi a vigésima terceira temporada do reality show brasileiro Big Brother Brasil, exibida pela TV Globo entre 16 de janeiro e 25 de abril de 2023, totalizando 100 episódios. É a segunda edição apresentada pelo jornalista Tadeu Schmidt.

A penúltima semana do "BBB" 23 teve a menor média de audiência da temporada. Entre os dias 17 e 23 de abril, o reality marcou 17,5 pontos em São Paulo. No mesmo período, a edição passada fez 21,9 pontos e o "BBB" 21 marcou 28,4. Também em São Paulo, o programa desta segunda-feira (24) marcou 19 pontos de audiência. Enquanto a final da primeira edição atingiu 59 pontos.

Apesar da audiência desta edição ter sido um fracasso, a ganhadora da edição deste ano, Amanda Meirelles conseguiu o maior prêmio da história do reality show: 2,8 milhões de reais. Mas o valor total faturado pela sister é muito maior, considerando as outras premiações que conquistou durante o programa.

O seu prêmio total no "BBB 23" chegou na casa dos R$ 4 milhões.

Ganhadora Amanda Meirelles

Como no BBB os participantes passam por provas em que concorrem a prêmios oferecidos pelos patrocinadores do programa, Amanda conquistou três carros - uma Silverado por vencer o programa e os outros dois (uma 210 Midnight e um Equinox RS) por ganhar etapas da competição. Ao todo, o valor dos três carros ultrapassa a marca de R$ 1 milhão.

A médica de Campo Largo, Paraná, também conquistou outras premiações, nem sempre em dinheiro, mas com valor altíssimo. Amanda recebeu prêmios em viagens, crédito de compra em loja on-line, em farmácias, em lojas de roupa, em aluguel de imóveis e em financiamento. Ao todo, estas bonificações acumulam quase R$ 200 mil.

A final do BBB 23 aconteceu na noite dessa terça-feira 25/04, e a ganhadora Amanda conquistou 68,9% dos votos, superando as rivais Aline Wirley - que teve 16,96% - e Bruna Griphao - 14,14%. Foram contabilizados mais de 76 milhões de votos, uma queda drástica dos 751 milhões votos da final do ano anterior, quando Arthur Aguiar foi escolhido campeão, mas ainda entre as maiores votações da história do programa - em 7º lugar no Top 10.

Existem várias razões pelas quais as pessoas gostam de acompanhar programas com o formato de reality shows. Aqui estão algumas delas:

1. Identificação com os participantes: muitas pessoas se identificam com os participantes dos reality shows, que são pessoas comuns como elas. Isso faz com que elas se sintam mais próximas e interessadas em suas histórias e experiências.

2. Entretenimento: são geralmente programas divertidos e emocionantes, com muita ação, drama e suspense. As pessoas gostam de acompanhar as provas, as eliminações e as intrigas que acontecem dentro da casa.

3. Curiosidade: permitem que as pessoas espiem a vida alheia, o que desperta a curiosidade e o interesse dos telespectadores. Ver como as pessoas lidam com situações extremas, como o confinamento em uma casa com estranhos, pode ser fascinante para muitas pessoas.

4. Interação social: costumam gerar muita interação nas redes sociais, com as pessoas comentando e compartilhando suas opiniões sobre o programa. Isso cria um senso de comunidade e engajamento entre os telespectadores.

5. Vícios: são frequentemente projetados para criar vícios nos telespectadores, com episódios emocionantes e muitas reviravoltas. Isso faz com que as pessoas queiram continuar assistindo para descobrir o que vai acontecer a seguir.

Em síntese, as pessoas gostam de assistir programas com o formato de reality shows porque eles oferecem entretenimento, curiosidade, identificação com os participantes, interação social e, muitas vezes, vícios.

Os dados gerados pela internet podem ter um papel importante no futuro de programas com o formato de reality show através da influência da economia comportamental. A economia comportamental é uma área de estudo que combina a psicologia e a economia para entender como as pessoas tomam decisões e se comportam em diferentes situações.

Ao coletar e analisar dados sobre os telespectadores e os participantes dos reality shows, é possível aplicar conceitos da economia comportamental para melhorar a experiência dos usuários e aumentar a eficiência do programa. Aqui estão algumas maneiras pelas quais isso pode ser feito:

1. Personalização: com base nos dados dos telespectadores, é possível personalizar a experiência do programa, fornecendo conteúdo mais relevante e interessante para cada pessoa. Isso pode ser feito através de recomendações personalizadas, conteúdo sob demanda e outras técnicas de personalização.

2. Gamificação: a gamificação é uma técnica que utiliza elementos de jogos para aumentar o engajamento e a motivação dos usuários. Ao aplicar técnicas de gamificação nos reality shows, é possível incentivar os telespectadores a assistirem mais episódios, votarem mais vezes e se engajarem mais com o programa.

3. Incentivos: a economia comportamental sugere que as pessoas são mais propensas a tomar decisões se forem incentivadas de maneira adequada. Os reality shows podem usar técnicas de incentivos para aumentar a interação dos telespectadores e dos participantes, como oferecer recompensas por votos, compartilhamentos e outras ações.

4. Comportamento do participante: a análise de dados sobre o comportamento dos participantes pode ser usada para entender melhor as dinâmicas sociais dentro da casa, ajudando os produtores do programa a criar situações que maximizem o drama e a emoção para os telespectadores.

Em resumo, os dados gerados pela internet podem ajudar a aplicar conceitos da economia comportamental nos programas com o formato de reality show, melhorando a experiência do usuário e aumentando a eficiência do programa.

Ao utilizar essas técnicas, os produtores dos reality shows podem criar um programa mais envolvente, aumentando o engajamento e a lealdade dos telespectadores. Mas aí está o grande desafio. Afinal, como fazer isso?

Pensando por um outro lado, embora possa parecer desafiador para algumas pessoas, participar de um programa de TV com o formato de reality show e ficar alguns meses sem acesso à internet e redes sociais pode ter várias vantagens.

Foco total no programa: sem distrações da internet e das redes sociais, os participantes podem se concentrar completamente no programa, nas tarefas e nas interações com os outros participantes. Isso pode ajudá-los a ter uma experiência mais intensa e significativa.

Desintoxicação digital: a vida moderna é cada vez mais dominada pela tecnologia, e muitas pessoas sentem a necessidade de se desconectar de vez em quando. Participar de um reality show sem acesso à internet e às redes sociais pode ser uma forma de desintoxicar digitalmente e desacelerar um pouco.

Novas experiências: pode ser uma oportunidade única para experimentar coisas novas e desafiadoras, como conviver com pessoas de diferentes origens e personalidades, enfrentar provas físicas e mentais e lidar com situações imprevisíveis.

Reconhecimento e exposição: pode aumentar a exposição e o reconhecimento dos participantes, abrindo novas oportunidades de carreira e negócios. Além disso, os participantes podem fazer novas amizades e conexões, tanto dentro quanto fora da casa.

Aprendizado e crescimento pessoal: pode ser uma jornada de aprendizado e crescimento pessoal, ajudando os participantes a desenvolver habilidades como trabalho em equipe, resiliência, comunicação e liderança.

No entanto, é importante lembrar que essa experiência também pode ser desafiadora e estressante, e os participantes devem estar preparados para lidar com isso.

Você participaria do BBB?

Forte abraço,
Léo Coletti.

Leonardo Coletti

Leonardo Coletti