"Vou mostrando como sou e vou sendo como posso", assim começa uma música icônica da banda brasileira Novos Baianos, presente no álbum "Acabou Chorare", lançado em 1972. A canção foi composta pelo vocalista da banda, Moraes Moreira, em parceria com Luiz Galvão, que também contribuía com as letras do grupo.
A história por trás da música remonta ao estilo de vida singular e inspirador dos Novos Baianos durante a década de 1970. Naquela época, a banda morava em uma comunidade hippie conhecida como "Sítio do Vovô", onde compartilhavam suas experiências, ideias e influências artísticas. O sítio era um espaço de liberdade e criatividade, onde a música e a convivência fluíam em harmonia.
A composição de "Mistério do Planeta" foi profundamente influenciada por esse ambiente de comunhão e liberdade, e a canção reflete o espírito da contracultura da época. Ela apresenta uma mistura de estilos musicais, como o rock, o samba e o frevo, características marcantes da sonoridade dos Novos Baianos.
As letras da música são poéticas e abstratas, sugerindo um olhar filosófico sobre a vida e a natureza cósmica do universo. A música exala uma atmosfera de paz, amor e conexão com a natureza, características emblemáticas do movimento hippie da época.
"Mistério do Planeta" tornou-se um grande sucesso e um dos maiores clássicos da música popular brasileira. A canção é lembrada como um hino da contracultura brasileira dos anos 70 e continua a ser amada e apreciada por gerações posteriores. Sua mensagem atemporal e seu estilo musical único contribuíram para a sua relevância contínua no cenário musical brasileiro.
Embora a eterna busca pela felicidade seja algo subjetivo e relativamente novo na história da humanidade, talvez você associe a sua felicidade a conforto, fama, bom salário ou um carro novo na garagem. Mas afinal, os nossos antepassados eram mais felizes? Por que temos tanta dificuldade em lidar com a tristeza?
"A Felicidade" é uma música brasileira clássica composta por Antônio Carlos Jobim, um dos mais renomados compositores da Bossa Nova. A canção foi escrita em parceria com Vinícius de Moraes, outro grande poeta e letrista brasileiro. A música foi originalmente composta para a peça teatral "Orfeu da Conceição", escrita por Vinícius de Moraes em 1956.
A peça "Orfeu da Conceição" era uma adaptação de Vinícius para a tragédia grega de Orfeu e Eurídice, ambientada em uma favela carioca durante o Carnaval. Jobim foi convidado para compor a trilha sonora da peça, e a colaboração com Vinícius de Moraes resultou em várias canções memoráveis, incluindo "A Felicidade".
Com uma melodia suave e poética, típica da Bossa Nova, gênero musical que ganhou popularidade no Brasil e no mundo nas décadas de 1950 e 1960. A música fala sobre a busca pela felicidade e a constante sensação de que ela está sempre a um passo à frente, uma reflexão filosófica sobre a natureza efêmera da felicidade.
A estreia da peça "Orfeu da Conceição" ocorreu em 1956, mas, apesar de algumas canções se tornarem clássicos da música brasileira, a peça em si não foi um sucesso retumbante. No entanto, a trilha sonora, incluindo "A Felicidade", recebeu aclamação e perdura como uma parte importante do legado musical de Jobim e Vinícius.
Depois do relativo fracasso da peça, Jobim e Vinícius continuaram sua parceria e se juntaram a outros artistas, como João Gilberto e Stan Getz, para gravar um álbum revolucionário, "Getz/Gilberto", lançado em 1964. Esse álbum apresentava algumas das mais conhecidas composições da dupla, incluindo a icônica "Garota de Ipanema". O álbum se tornou um enorme sucesso internacional e ajudou a popularizar a Bossa Nova em todo o mundo.
"A Felicidade" continua sendo uma música atemporal, cantada e regravada por vários artistas ao longo dos anos, e é lembrada como um dos belos exemplos da genialidade musical de Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes. Sua mensagem poética sobre a busca eterna pela felicidade ressoa com pessoas de diferentes culturas e gerações.
As pessoas associam felicidade a conforto e fama, em grande parte, devido todas as influências culturais, sociais e midiáticas que moldam suas percepções sobre o que é considerado "bom" e "desejável" na vida. Algumas das principais razões para essa associação incluem a idealização do consumo.
Nas sociedades de consumo, a mídia e a publicidade frequentemente promovem imagens de felicidade ligadas ao consumo de produtos e serviços. Isso pode levar as pessoas a acreditar que a aquisição de bens materiais, como um carro novo, está diretamente relacionada à felicidade.
As pessoas tendem a se comparar com os outros, especialmente aqueles que são considerados mais bem-sucedidos ou que têm mais bens materiais. Isso pode criar uma pressão social para alcançar determinados padrões de vida e posses materiais, associando-os à felicidade e ao sucesso.
Ter um bom salário e conforto financeiro pode proporcionar maior segurança e tranquilidade em relação ao futuro, o que muitas pessoas associam à felicidade.
A fama e o reconhecimento público são frequentemente considerados sinais de sucesso e realização. Isso pode levar as pessoas a associarem a fama a uma vida feliz e bem-sucedida.
A obtenção de bens materiais ou a conquista de determinados objetivos pode trazer uma sensação temporária de satisfação e prazer, o que leva à crença de que essas conquistas são fontes de felicidade duradoura.
Em muitas culturas ocidentais o sucesso e a felicidade são frequentemente medidos por realizações materiais e profissionais. Essas expectativas sociais podem influenciar a forma como as pessoas definem e buscam a felicidade.
A busca pela felicidade é uma preocupação presente em várias sociedades ao redor do mundo, mas nas sociedades ocidentais, em particular, ela ganhou um papel de destaque por várias razões históricas, culturais e filosóficas.
No entanto, é relevante lembrar que a felicidade é uma experiência subjetiva e multifacetada. O que traz felicidade para uma pessoa pode não ser o mesmo para outra. Estudos mostram que a felicidade duradoura geralmente está mais associada a fatores como relacionamentos saudáveis, senso de propósito, envolvimento em atividades significativas, saúde mental e emocional.
Além disso, uma visão positiva da vida. Portanto, a busca pela felicidade não deve se restringir apenas a busca por bens materiais ou conquistas externas, mas sim, também envolve aspectos mais profundos e significativos.
O mais importante de tudo é notar que a busca pela felicidade é uma questão complexa e que as abordagens para alcançá-la podem variar entre as culturas e indivíduos. Algumas sociedades orientais, por exemplo, podem enfocar mais a harmonia coletiva e o bem-estar comunitário, em vez da busca individualizada pela felicidade. No entanto, a busca pela felicidade continua sendo uma questão universal e essencial para a experiência humana em todas as partes do mundo.
Se levarmos em consideração que o ponto de vista de cada pessoa sobre o sentido da vida é subjetivo e se tornou um tipo de estratégia de marketing, o que faz as pessoas aceitarem como elas são de fato na vida real? Sem filtro.
Digamos você seja gordo ou muito magro e o fato de que as pessoas no fundo não se importam ou não querem que você mude. Elas precisam que você continue sendo aquilo o que elas acham que você é.
Não é fácil evoluir e encontrar maturidade, mas precisamos nos concentrar para passar pelos processos individuais que a vida nos apresenta.
Independente do seu peso atual...
O que é felicidade pra você?
Houve um tempo na história da humanidade em que era malvisto demonstrar alegria. Aliás, a busca pela felicidade como conhecemos hoje é algo relativamente novo na nossa história. Para saber mais sobre as lições que ela traz para os tempos modernos, leia 'História da Felicidade', livro do historiador Peter N. Stearns, lançado em 2022 no Brasil pela editora Contexto.