Nós erramos feio

Só quem empreende sabe como é…

💡 Ter a satisfação de criar soluções onde os outros só veem problemas;

💔 Entender que errar faz parte do processo, e crescer é uma escolha;

👣 Construir o seu próprio caminho, em vez de seguir o dos outros;

🔦 Pensar, inspirar e decidir como um líder de verdade.

Empreender não é só abrir um negócio. É estar disposto a aprender o que for necessário para trilhar o caminho escolhido.

Coisas que só quem empreende sabe.

No dia 19 de fevereiro de 2007, quando tudo nesse lugar chamado internet ainda era mato (e discado, ainda por cima), o estudante de medicina veterinária Micael Oliveira subiu um vídeo no YouTube com o título “fala sonia”.

Caso você não conheça, uma das primeiríssimas pérolas da internet brasileira, quando o termo meme ainda nem existia.

Hoje o vídeo acumula um pouco mais de 3.9 milhões de visualizações, marca inexpressiva perto de qualquer vídeo da Galinha Pintadinha, que num vídeo ruim faz uns 600 milhões de views - e os bons passam fácil dos 3 bilhões.

Só que, na época, nem todo mundo tinha internet em casa e o YouTube era uma plataforma muito usada pelos jovens millenials.

Meu pai adorava música, por exemplo, mas ouvia CDs. Minha mãe adorava a novela, mas era obrigada a esperar até o horário das 21h. Computador pra mulecada era música no Youtube e MSN. Muito MSN, mesmo.

Micael trabalhava em um escritório onde Sonia fazia faxina, em Indaiatuba (SP) e se divertiu com a dificuldade dela em pronunciar o nome do site. Aqui vale um parêntese: apesar de ser importante mencionar, não vamos entrar aqui na questão de classe que envolve zombar a dificuldade de uma pessoa simples em falar outro idioma, por várias razões, dentre elas a que a gente não sabe da vida do Micael na época, além do fato de que o Brasil era mesmo diferente. Mesmo assim, teve gente que não achou graça. Dito isso, o vídeo foi pro ar e, em 2 meses, já acumulava 400 mil visualizações - um fenômeno absoluto pra época.

Pouco tempo depois, a Sonia deu uma entrevista à Folha de S. Paulo, dizendo que tinha curtido a repercussão: "Estou achando maravilhoso, uma bênção de Deus".

Em 2015, ela foi convidada pelo SBT para cantar no programa do Ratinho, mas tirando uma ou outra aparição pública, os 15 segundos de fama da Sonia pararam por aí. Quem tinha fama eram as celebridades que apareciam constantemente na TV e quem entrava nos holofotes momentaneamente, tipo participantes de realities.

A publicidade, por exemplo, focava em atores e atrizes, cantores e modelos, a rede social da moda era o Orkut (mas ninguém era famoso por isso, tirando a comunidade do Garfield (“eu odeio as segundas-feiras”) e sequer os YouTubers existiam - cenário muito diferente da Creator Economy descentralizada em que vivemos hoje.

Só que uma fala já chama atenção daquela entrevista à Folha em 2007:

Sonia diz que fará mais vídeos com Micael.

"Ele é meu empresário", afirma.

Se o viral acontecesse alguns anos depois do que realmente foi: Sonia teria virado creator? No mesmo ano em que Sonia viralizou, Solange, também conhecida como "Gaga de Ilhéus", repercutiu quando apareceu em um jornal local reclamando da situação das ruas no bairro onde morava.

No ano seguinte - repare como as coisas aconteciam em outra velocidade - esse mesmo vídeo viralizou na internet, o que chamou a atenção do programa "Pânico na TV", que foi até Ilhéus gravar com ela.

O sucesso foi imediato e, ao lado da parceira Cremilda, ganharam um quadro fixo no programa - onde, independente do tema, eram ridicularizadas.

Mesmo inserida em um contexto que jamais seria aceito pelo público de hoje, Solange não saiu mais da TV e, entre aparições esporádicas (que rendiam meros R$ 250 por episódio) e quadros fixos, rodou por RedeTV, Record e SBT até acumular cada vez mais seguidores no Instagram e se libertar do esquema topa-tudo.

Hoje em dia todo mundo trabalha pras redes sociais? Como querer não é poder, a gente diria que sim, porque mesmo sem postar uma foto, você também faz parte do ecossistema da Creator Economy ao consumir conteúdo.

Mas e quem cria?

Postou story, criou.

No feed, criou mais ainda.

Reels então? Já pega o crachazinho de influencer. O lance é fazer isso com qualidade e se sustentar como creator no longo prazo.

A pandemia foi um checkpoint importante na história da Creator Economy: muita gente encontrou na criação de conteúdo uma saída para os tempos de vacas magras, em que muitas demissões rolaram, mas em muitos casos, quem trabalhava com atendimento ao público principalmente, ficou sem renda nenhuma, da noite pro dia.

Até então, só quem realmente tinha a ambição de se tornar uma pessoa pública criava conteúdo pra internet, e só os profissionais com mais informação e grana podiam bancar uma equipe pra produzir um perfil público seja como dentista, arquiteto ou qualquer outro ramo de serviço. Solange, por exemplo, surfou nessa onda e passou a fazer publicidade na internet.

Por isso mesmo, Sonia, que surgiu em um contexto muito parecido com Solange - de exposição repentina na internet de um jeito cômico - poderia sim ter se tornado uma creator, ou influenciadora, já que ela mudou o jeito de muita gente pronunciar o nome da maior plataforma de vídeos do mundo.

É preciso ter influenciado muito pra isso acontecer.

A Rafa Lotto, CEO da YOUPIX, falou em uma entrevista sobre uma analogia muito boa: se você ouve no rádio que vai chover e sai de casa com um guarda-chuva, você foi influenciado.

Agora, se você não faz nada, alguém só te avisou.

Por aqui na a gente também acredita que a influência é uma consequência da criação de conteúdo, não o contrário.

A Solange influenciou muita gente e soube aproveitar os seguidores que acumulou no Instagram para monetizar e mudar de vida - mas, até isso acontecer, ralou muito na televisão e contou com a “sorte” dos ventos da Creator Economy terem soprado pra esse lugar.

Afinal, quanta gente que ficou famosa na TV não sumiu, porque ainda não tinha chego a era do Instagram como conhecemos hoje?

Por esse motivo, talvez a Sonia poderia ter trilhado o mesmo caminho da Solange, quem sabe, caso as oportunidades surgissem.

Mas, pras “Sonias” que surgem nos dias de hoje, não é mais preciso esperar uma chance cair do céu ou se humilhar na TV porque essa é a era digital - e, mesmo que mude a rede social, é um fenômeno que veio pra ficar.

A Creator Economy tá evoluindo de forma madura e chegamos no ponto em que já temos cases, profissionais e empresas prontas para serem estudadas, discutidas e com história suficiente para aprender com elas.

Isso é também uma prova de que não somos só os aventureiros de uma "moda", mas os pioneiros de um mercado promissor - pronto inclusive - para ir além das nossas fronteiras.

Nosso mercado não é sobre criadores isolados, mas como as marcas constroem valor junto a eles, em um ambiente regido por cultura, comportamento e negócios em tempo real.

Pra criar conteúdo na internet, você precisa ter um olhar empreendedor. A Creator Economy não aceita mais improvisos. Bora acelerar o seu projeto! 🚀

Mapeamento, comunidades, narrativa, mensuração, impacto e construção de ecossistemas contínuos, e não apenas campanhas pontuais.

A transição da lógica publicitária exige novas competências. Você influencia de verdade ou só avisa que vai chover? ☔️

Você cria conteúdo? 🌧️

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