Na batida da procura perfeita
A música "Não Deixe o Samba Morrer" foi escrita por Edson Conceição e Aloísio Silva, ela foi originalmente lançada em 1978 pela cantora Alcione, em seu álbum que leva o mesmo nome.
A história da música refere-se à década de 1970, quando o samba enfrentava um período de declínio em popularidade. Edson Conceição e Aloísio Silva, compositores da canção, sentiram a necessidade de resgatar o samba e transmitir uma mensagem de amor e esperança em relação ao gênero musical. Eles queriam reacender o interesse pelo samba e mostrar a importância de preservar suas raízes.
"Não Deixe o Samba Morrer" se tornou um grande sucesso e rapidamente se tornou um hino do samba brasileiro. A música fala sobre a importância de manter viva a tradição do samba e não permitir que ele seja esquecido ou negligenciado. Ela expressa a emoção e a paixão pelo samba, ressaltando sua capacidade de unir as pessoas e trazer alegria.
A canção foi regravada por vários artistas ao longo dos anos e se tornou um clássico do repertório musical brasileiro. É frequentemente tocada em rodas de samba, shows e eventos relacionados ao gênero, e continua a ser uma referência para a preservação e valorização do samba.
O Templo Sagrado do Samba Cacique de Ramos é um importante centro cultural localizado no bairro de Olaria, no Rio de Janeiro. Fundado em 20 de janeiro de 1961, o Cacique de Ramos desempenhou um papel fundamental na preservação e promoção do samba e de sua cultura.
O Cacique de Ramos é conhecido por suas famosas rodas de samba, que ocorrem tradicionalmente aos domingos. Essas rodas reúnem músicos, compositores e amantes do samba, tornando-se um local de encontro para artistas e admiradores do gênero. O Cacique de Ramos se tornou um importante ponto de referência para a música e a cultura do samba, preservando suas tradições e estimulando sua evolução.
Ao longo dos anos, o centro cultural Cacique de Ramos recebeu a visita e a participação de vários artistas renomados da música brasileira. Dentre os mais conhecidos, destacam-se:
- Alcione;
- Beth Carvalho;
- Zeca Pagodinho;
- Arlindo Cruz;
- Jorge Aragão;
- Fundo de Quintal;
- Martinho da Vila;
- Bezerra da Silva;
- Clara Nunes.
Esses artistas, juntamente com muitos outros, contribuíram para a história do Cacique de Ramos, tornando-o um celeiro de talentos e referência cultural para o samba e a música brasileira como um todo, impulsionando outros movimentos.
'A música pop bebe na fonte da cultura hip-hop'
A cultura hip-hop teve uma influência significativa na música pop, especialmente em relação ao uso de graves e batidas. A música pop é um gênero musical que abrange uma ampla variedade de estilos e tendências, e a incorporação de elementos do hip-hop trouxe uma nova sonoridade e estética para a música pop.
O hip-hop é conhecido por suas batidas pesadas e distintas, geralmente baseadas em samples de bateria, sequenciadores eletrônicos e baixos profundos. Esses elementos foram adotados e adaptados pela música pop, adicionando uma sensação de ritmo e energia às produções.
Ao longo dos anos, muitos artistas pop começaram a incorporar influências do hip-hop em suas músicas, seja através da produção, da utilização de batidas mais marcantes ou da colaboração com artistas do hip-hop. Essa fusão de estilos ajudou a revitalizar a música pop, tornando-a mais atual e conectada com as tendências contemporâneas.
Além das batidas, o grave também desempenha um papel importante na música pop influenciada pelo hip-hop. O uso de linhas de baixo proeminentes e poderosas dá uma sensação de impacto e presença à música, tornando-a mais cativante e dançante.
Artistas como Michael Jackson, Madonna, Beyoncé, Rihanna, Justin Timberlake e muitos outros incorporaram elementos do hip-hop em suas músicas, contribuindo para a popularização dessa fusão entre os gêneros e ajudando a moldar a música pop moderna. A influência do hip-hop na música pop continua a evoluir e se manifestar de diversas maneiras, refletindo as tendências e gostos musicais atuais.
A banda Planet Hemp surgiu no Rio de Janeiro, Brasil, no início da década de 1990. Formada por Marcelo D2 (Marcelo Maldonado Peixoto), BNegão (Bernardo Santos), Rafael Crespo, Formigão (Formiga) e Bacalhau (Gustavo Black Alien), a banda ganhou destaque por misturar elementos do hip-hop, rock e funk em suas músicas, com letras que abordavam questões sociais, políticas e culturais.
A importância do Planet Hemp para a música brasileira está relacionada a vários aspectos. Primeiramente, eles foram pioneiros na mistura de gêneros musicais, incorporando elementos do hip-hop e do rock em um contexto nacional. Isso trouxe uma sonoridade inovadora ao cenário musical brasileiro, que até então era dominado principalmente pela música popular brasileira (MPB) e pelo samba.
Além disso, o Planet Hemp trouxe letras e temas que abordavam questões sociais e políticas relevantes para a realidade brasileira. Suas canções discutiam temas como a legalização da maconha, a violência urbana, a desigualdade social e o sistema político, desafiando o status quo e dando voz a problemas e perspectivas muitas vezes negligenciadas.
A banda também teve um papel importante na construção da identidade do movimento conhecido como "manguebeat", que surgiu em Recife, Pernambuco, e unia elementos do rock, rap, maracatu e outros gêneros musicais. O Planet Hemp era frequentemente associado a esse movimento por compartilhar ideias e atitudes semelhantes, ampliando sua influência e alcance.
Apesar de sua trajetória ter sido marcada por controvérsias, censura e até mesmo momentos de hiato, o Planet Hemp teve um impacto significativo na música brasileira, influenciando uma nova geração de artistas e abrindo portas para a diversidade de estilos musicais no país. Suas letras provocativas e seu som único continuam sendo referência e inspiração para músicos e fãs até os dias de hoje.
O samba é um gênero musical que possui raízes africanas e é amplamente associado à cultura brasileira. A sua história tem origens no período da escravidão no Brasil, quando africanos trazidos como escravos introduziram suas tradições musicais e danças.
Durante o século XIX, nas cidades portuárias do Rio de Janeiro e da Bahia, os escravos africanos reuniam-se para celebrar suas tradições culturais, incluindo a música e a dança. Essas reuniões ocorriam em locais como os terreiros, onde ocorriam rituais religiosos de matriz africana, como o candomblé.
Os escravos trazidos de diferentes regiões da África trouxeram consigo suas próprias tradições musicais, ritmos e instrumentos. Ao longo do tempo, essas influências musicais se fundiram, criando uma nova expressão cultural que se tornou conhecida como samba.
O samba começou a ganhar popularidade no início do século XX, especialmente no Rio de Janeiro. As primeiras manifestações do samba eram mais simples, com batidas percussivas e letras improvisadas. Os ritmos africanos se mesclaram com elementos da música europeia, como a polca e a marcha.
No início, o samba era frequentemente associado aos bairros marginalizados e às comunidades negras do Rio de Janeiro. No entanto, ao longo das décadas, o samba ganhou espaço e reconhecimento, tornando-se uma expressão musical brasileira icônica.
A partir da década de 1930, o samba passou a ser divulgado em todo o Brasil e a ser incorporado em gravações fonográficas. Surgiram importantes compositores e intérpretes de samba, como Cartola, Noel Rosa, Pixinguinha, Donga, Ary Barroso e muitos outros.
Ao longo dos anos, o samba evoluiu e se diversificou, dando origem a diferentes estilos e variações, como o samba-enredo, samba-canção, samba de raiz, samba-rock, entre outros. O samba também se tornou uma parte essencial do carnaval brasileiro, especialmente nos desfiles das escolas de samba.
Atualmente, o samba é um dos gêneros musicais mais populares e respeitados no Brasil, com uma rica tradição e uma grande influência na música brasileira como um todo. Ele continua a ser celebrado em festivais, rodas de samba, shows e eventos culturais, mantendo viva sua essência e conexão com a história e a identidade do povo brasileiro.
Referência
Título do post inspirado na música de Don L, rapper e compositor nordestino, considerado um dos nomes mais influentes do rap nacional na atualidade.
Para ouvir IBORU, álbum que marca o "novo tradicional samba" de Marcelo D2, rapper brasileiro e vocalista da banda Planet Hemp: clique aqui.