Vamos nos amar sem amor

Conhecido pelo estilo próprio e marcante de Quentin Tarantino, que combina muitos elementos de violência, diálogos afiados e referências culturais em uma narrativa não linear, "Bastardos Inglórios" é um filme de guerra dirigido pelo proclamado diretor americano, lançado em 2009.

A história do filme é uma obra de ficção que se passa durante a Segunda Guerra Mundial, na França ocupada pelos nazistas. A trama gira em torno de um grupo de soldados judeus-americanos conhecidos como "Os Bastardos" que estão em uma missão para assassinar altos oficiais nazistas, enquanto uma jovem judia busca vingança contra o coronel nazista que matou sua família.

A inspiração para o filme veio de várias fontes, incluindo filmes de guerra e spaghetti westerns, que Tarantino é conhecido por apreciar. Além de diretor, roteirista, produtor, ator, diretor de fotografia e crítico de cinema, ele também foi influenciado por filmes antigos sobre a Segunda Guerra Mundial, além de histórias e lendas sobre resistência judaica e vingança contra os nazistas.

Tarantino começou a trabalhar no roteiro de "Bastardos Inglórios" no início dos anos 1990, mas só conseguiu finalizá-lo décadas depois. O filme foi aclamado pela crítica e recebeu várias indicações e prêmios, incluindo o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante para Christoph Waltz, que interpreta o vilão nazista no filme.

Confira a lista dos melhores filmes de Segunda Guerra por Quentin Tarantino: 'Fugindo do inferno' (1963), 'Os doze condenados' (1967), 'Cinco covas no Egito' (1943), 'Tonight we raid Calais' (1943) e 'Action in Arabia' (1944).

A sutileza está nos pequenos detalhes.

Uma grande cena do filme, com mais de 20 minutos, uma brilhante construção de tensões e pontos de virada até o seu clímax, é o tiroteio no bar. Repare na sutileza de todos os detalhes, mostrando como o tiroteio final se torna inevitável. O major Hellstrom (August Diehl), que não sabíamos estar presente no bar, se revela e se convida à mesa do tenente Archie Hicox (Michael Fassbender) e de Bridget von Hammersmarck (Diane Kruger), ao suspeitar do sotaque do tenente.

A conversa segue sem qualquer revelação, com o pedido de um whisky especial, até que Archie anuncia ao dono do bar quantos copos serão necessários.

No entanto, mais importante do que mostrar um close do gesto, a intenção do diretor é evidenciar o significado do mesmo para o major Hellstrom.

O enquadramento (a visão exibida pela câmera) evidencia a relação major-gesto, em que o primeiro percebe a mensagem subentendida no segundo (perceba a expressão do major, como seu sorriso se dissolve pela nova informação adquirida). Ali fica estabelecido que o tenente não é alemão, é um infiltrado, e toda a violência da cena escala a partir desse instante.

O termo 'Não Ficção' é usado no contexto do cinema (e também em outras formas de mídia, como literatura) para se referir a obras que se baseiam em fatos reais, eventos históricos, pessoas reais ou situações reais. Ao contrário da ficção, que envolve narrativas e personagens inventados, a não ficção busca retratar a realidade de forma objetiva ou documental.

Um bom filme retrata bem fatos reais e momentos históricos ao realizar uma pesquisa abrangente, ser fiel aos fatos conhecidos, apresentar uma interpretação responsável, criar uma autenticidade visual e sonora, desenvolver os personagens de maneira cativante e ao mesmo, contextualizar historicamente.

Fora das telonas dos cinemas.

No Brasil, há uma relação complexa entre consumo, ostentação, riqueza e privilégios. Esses elementos muitas vezes estão interligados, mas não necessariamente de forma direta ou linear. O consumo é uma atividade econômica fundamental e, em uma sociedade capitalista, impulsiona o crescimento econômico.

No entanto, no contexto brasileiro, o consumo pode estar relacionado a diferentes aspectos sociais. Por um lado, o consumo é uma forma de satisfazer necessidades e desejos individuais e coletivos, impulsionando o desenvolvimento de setores econômicos. Por outro lado, em uma sociedade marcada por desigualdades socioeconômicas significativas, o consumo também pode ser visto como uma forma de status social e ostentação.

A ostentação está relacionada à exibição de riqueza material, muitas vezes de forma extravagante e ostensiva. No Brasil, em um contexto de desigualdade socioeconômica, a ostentação pode ser uma maneira de demonstrar poder, status e pertencimento a determinados grupos privilegiados. Através de bens de luxo, como carros, imóveis, roupas de grife e viagens, algumas pessoas buscam ostentar sua riqueza e status social.

A riqueza no Brasil é concentrada nas mãos de uma parcela reduzida da população, o que contribui para a existência de privilégios. O país possui uma desigualdade de renda e de oportunidades significativas, o que cria um cenário no qual alguns grupos têm acesso a recursos, serviços e oportunidades de forma privilegiada, enquanto outros enfrentam dificuldades e restrições. Esses privilégios muitas vezes estão associados à riqueza, ao poder político e à influência social.

É importante ressaltar que nem todas as pessoas que consomem de forma ostensiva são necessariamente ricas ou privilegiadas. Em muitos casos, o consumo ostentatório pode ser motivado por aspirações de status, pressões sociais e até mesmo endividamento excessivo. Além disso, existem aqueles que possuem riqueza e privilégios, mas optam por não ostentá-los publicamente.

A relação entre consumo, ostentação, riqueza e privilégios no Brasil reflete as complexidades de uma sociedade marcada por desigualdades socioeconômicas e culturais. Essa dinâmica pode ser influenciada por fatores como cultura, valores sociais, educação e políticas públicas, entre outros.

Vivemos em uma sociedade onde o apego as coisas é algo decisivo nas nossas vidas.

Por isso dá tanto trabalho ser rico no Brasil.

É nos acréscimos que o sonho se realiza.

Além disso, nada acontece por acaso.

Você está preparado?

Título do post inspirado na música 'Moacir Love Song'. Para ouvir o álbum completo do Cartel Mcs: clique aqui.